Fratura do Úmero Proximal – Fraturas do Ombro
INTRODUÇÃO
As fraturas do terço proximal/superior do úmero são a terceira fratura mais comum. Acontece em 2 principais faixas etárias, por mecanismos de traumas diferentes: nas pessoas mais idosas, que possuem menor densidade mineral óssea (osteoporose), devido quedas da própria altura. Já em jovens estão relacionadas com traumas de alta energia como acidentes de trânsitos.
DIAGNÓSTICO
É realizado através do exame físico e radiografia. O paciente apresenta-se com dor de forte intensidade, edema (inchaço) e dificuldade para movimentar o braço. Em fraturas mais complexas pode ser necessário a realização de uma Tomografia Computadorizada para planejamento cirúrgico. Em alguns casos, a radiografia pode não demonstrar a fratura, sendo necessário a realização da Ressonância Magnética para diagnóstico de fraturas sem desvio do tubérculo maior (onde se inserem o tendão supra-espinal e infra-espinal), também chamados de fratura oculta.
TIPOS DE FRATURAS
As fraturas do úmero proximal são classificadas e diferenciadas referente a presença ou não de desvio/deslocamento. Quando há desvio, são diferenciadas na quantidades de partes desviadas. Podem ser classificadas como fratura em 2, 3 ou 4 partes. (quanto mais partes, mais complexa a fratura). Este tipo de diferenciação é fundamental para o entendimento e tratamento da fratura.
TRATAMENTO CIRÚRGICO X NÃO CIRÚRGICO
Ao decidirmos por qual tipo de tratamento, além de avaliar o tipo de fratura e suas partes, é de extrema importância considerar idade, grau de atividade funcional no seu dia-a-dia e presença de doenças associadas. Cada caso deve ser individualizado na hora da optar pelo tratamento.
TRATAMENTO NÃO-CIRÚRGICO
Cerca de 80% das fraturas do úmero proximal são fraturas sem desvios (1 parte). Nesses casos a indicação é de tratamento não cirúrgico. Nas fraturas com desvios em pacientes mais idosos, com baixa demanda funcional e/ou comorbidades há uma tendência ao tratamento não cirúrgico (cada caso é especifico e deve ser individualizado). O tratamento não cirúrgico é realizado com uso de tipoia por um período de 6 semanas, com acompanhamento radiológico semanal nas primeiras 3 semanas e na sexta semana. Após descontinua-se a tipoia e é iniciado reabilitação.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico é indicado para aquelas fraturas com desvio em pessoas com maior demanda funcional.
Os tipos de técnicas cirúrgicas são fixação da fratura com fios metálicos percutâneos e/ou parafusos, fixação por videoartroscopia (em casos específicos de fratura do tubérculo maior), fixação com placas e parafusos, prótese parcial e prótese reversa do ombro.
A escolha da melhor opção de tratamento depende do tipo de fratura e idade/demanda funcional do paciente.
Seja qual for o seu caso, agende uma consulta com um traumatologista e ortopedista de sua confiança. Sua saúde merece este cuidado.